quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

らき☆すた

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

fanart





quarta-feira, 25 de novembro de 2009

como estilo de vida

O otaku: É um termo japonês utilizado como gíria pelos ocidentais para descrever fãs de animes e mangas em geral. No sentido original da palavra designa uma pessoa que se atira de forma obcessiva a um hobby, qualquer um.
Mas com o tempo no Japão, devido a alguns acontecimentos ocorridos, o termo passara a ser utilizado de uma forma pejorativa para designar alguém que se torna exageradamente obcecado em relação a um assunto. (...)



(Legenda: Yamazaki, uma personagem de anime "otaku".)





Akihabara: É uma famosa parte da cidade de Tóquio onde se encontra um dos maiores complexos de lojas de tecnologia do mundo. Além disso é o paraíso de compras para otakus, podes-se arranjar não só mangas e animes mas também roupas para fazer cosplay, action-figures, etc.




(Legendas: Complexo de lojas de Akihabara)





Cosplay: (...)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Manga e Anime

Mangá: é o nome japonês para histórias aos quadradinhos.

(Legenda: exemplo de manga (Lucky Star))

(Legenda: Sentido da leitura de um manga)


História:

Antecedentes:

É um género de literatura japonesa caracterizado pelos quadradinhos. Têm raízes no período Nara (século VIII d.C.), com o aparecimento dos primeiros rolos de papel japoneses: os emakimono (na altura cópia de uma obra chinesa que separava nitidamente o texto da pintura.

Foi a partir da metade do século XII que surgem os primeiros emakomono com estilo japonês.

No período Edo em que os rolos são substituídos por livros que Katsushika Horakusai, chamando suas célebres caricaturas publicadas entre 1814 a 1834 em Nagoya de mangá, criando então a palavra significando “desenhos irresponsáveis”.



(Legenda: página de um manga de Katsushika Ho
rakusai)

Os mangas não tinham, no entanto, sua forma actual, que surge do início do século XX sob influência de revistas comerciais dos EUA e da Europa. Tanto que chegaram a ser conhecidos como Ponchie.


(The Japan Puch de Charles Wirgman (um cartonista inglês do século XIX na China e no japão do periodo Meiji para a "Illustrated London News")

Até aos anos 40 quando o governo japonês censurou todas as actividades culturais e artísticas. Acabando por utilizar este tipo de quadradinhos para fins publicitários.


(Sazae-san)



anos 50 e 60 (o começo):
Sob a ocupação americana após a segunda guerra mun
dial os mangakas (os desenhistas) sofrem influência das histórias ocidentais da época

Foi então que Osamu Tezuka influenciado por Walt Disney e Max Fleischer dá origem ao mangá moderno. Especialmente nas características faciais como os olhos, as sobrancelhas, nariz e boca, onde são desenhados de forma exagerada de modo a aumentar a expressividade dos personagens. Introduziu o movimento através de efeitos gráficos como as linhas que dão a impressão de velocidade e onomatopeias que se integram com a arte.

(Legenda: Astro Boy de Osamu Tesuka, o primeiro mangá moderno.)

As histórias passaram a ser mais longas e começaram a ser divididas em capítilos.

Mas Osamu Tezuka não se contentou com isso, com a sua criatividade desenvolveu diferentes géneros, participando no aparecimento de mangas para adultos.


anos 70 (a era do ero-manga):

Go Nagai, um grande artista de manga nascido a 6 de Setembro de 1945 e criador de series como Mazinger Z, Devilman, Cutey Honey, entre outros clássicos, quebrou em 1968 modelos culturais e começou uma grande revolução ao desenhar Harenchi Gakuen (a academia da vergonha) a primeira história aos quadradinhos no Japão a mostrar cenas de nudismo e natureza sexual.
Seu estilo sempre conteve grande conteúdo erótico e violento, pelo que o consideram um dos maiores artistas manga de sempre.
Também considerado o “pai do Hentai” pois foi a partir do seu exemplo que outros artísticas foram além do que ele fez e criaram um género de manga que é conhecido no ocidente por “Hentai”.


anos 80 (o auge do manga):

o grande boom do conteúdo sexual e violência gráfica:

Passando os anos 70 com esta grande revolução, nos anos 80, com o auge da força económica do Japão o manga também vivera seu máximo acompanhado por um “boom” de histórias retratando violência sexual contra meninas menores de idade com a publicação da primeira animação com temática sexual explícita em 1984 (Lolita anime).

(Legenda: Lolita anime do ano de 1984)

Nessa época era notável a grande diferença cultural que fizera com que no Japão o anime Hokuto no Ken tivesse como público-alvo jovens de 12 a 14 anos enquanto nos EUA o mesmo anime fora considerado como para maiores de idade devido á existência de grande violência gráfica explícita.


(Legenda: Manga de Hokuto no Ken (1983))

Numa entrevista em 1984 Osamu Tezuka contou sobre a grande mudança que ocorreu na maneira como era vista a profissão de desenhista no Japão. No dia em que demonstrou intenção em se tornar desenhista, a oposição tinha sido forte, pois até então a profissão era muito mal vista. A sua força de vontade fez-lo romper por completo o curso de medicina para se dedicar ao desenho. Na data presente (1984) é o país com maior número de profissionais de desenho (na área da animação e nas histórias aos quadradinhos), principalmente na ala feminina. É a quarta profissão mais procurada pelas mulheres. Segundo ele a explicação repousa na maneira que as mulheres encontraram para serem prestigiadas numa sociedade que as oprime.
Sendo assim o manga tinha-se tornado numa válvula de escape silenciosa para a repressão social diária a que todos os japoneses são submetidos, o que explica as questões morais existentes em muitas histórias sobretudo as dirigidas aos jovens, as quais contêm comportamentos completamente imorais por partes dos personagens e de nenhuma maneira aprovadas pela sociedade Japonesa porque segundo ela os verdadeiros sentimentos de um individuo devem ser escondidos nele próprio por questões de etiqueta (Great Teacher Onizuka de Fujisawa Tohru é um exemplo desse género).

polémica dos mangas incluindo violência sexual:
Tsutomu Miyasaki (1962-2008)
Foi um assassino em série japonês conhecido como o "otaku assassino" ou "assassino de ninfetas" por ter cometido tortura sexual e necrofilia contra 4 meninas menores de 10 anos (durante os anos de 1988 e 1989).
Foi preso em 1989 (época em que faleceu Osamu Tezuka e o Imperador do Japão, sucedendo um enorme escândalo financeiro envolvendo personalidades da política nipónica). Quando inspeccionaram o seu quarto a polícia encontrou colecções de mangas ero-guro e loli manga tal como filmes de terror (guinea pig).
Foi executado a pena de morte em 2008.
O seu caso originou grande problema no mercado do manga "extremo" numa época em que não existia nenhuma restrição de idades para histórias aos quadradinhos.
A partir de 1990 as editoras passaram a recorrer a um nível para maiores de 18 anos onde incluíam unicamente séries de conteúdo sexual explícito.


(Legenda: Angel de U-jin foi um dos mangas do final da década de 80 que condicionou à criação de um nível para maiores de 18 anos após este ter sido comprado como se fosse uma história "inocente")


anos 90 (expansão internacional):
A partir dos anos 70, quando o sucesso económico japonês tornou-se evidente para o mundo, começou um interesse muito grande pelos aspectos mais variados da cultura nipónica. O mais importante foi a busca de explicação para o próprio sucesso económico-industrial. Surgiu uma avalanche de perguntas sobre o assunto e muitos livros foram publicados para saciar a sede de informação dos ocidentais.
Mais tarde passou-se às artes tradicionais e ao campo religioso seguindo as artes marciais como karaté, judo e o Kendo.
No entanto o manga demorou mais tempo para ser descoberto. Uma das razões é que os intelectuais e educadores japoneses, talvez levados pela antiquada década de 1950, sentiam pouca inclinação em mostrar o manga como um fruto legítimo da moderna cultura japonesa.
Os mangas são alvos de críticas dos educadores, cujos argumentos seguem os mesmos parâmetros de outras partes do mundo: oferecem todo tido de más influências, desviam a atenção dos estudos e são prejudiciais à formação dos jovens.


Legenda: GTO de Fujisawa Tohru (1997): Apesar das fortes críticas aos mangas a década de 1990 foi marcada pela censura de histórias por motivos pornográficos e não morais. Nesta época o país estaria "à beira do caos" com as sucessivas baixas financeiras, o Ataque com gás sarin no metro de Tóquio em 1995 que levou à prisão dos principais membros da seita budista Aum e o Sismo de Kobe em Janeiro do mesmo ano. Entre 1995 e 1999 a criminalidade sexual cresceu em flecha porque a produção de pornografia infantil continuava legal. Em 1999 foi aplicada a lei contra a produção de pornografia infantil que tinha originado um grande debate nos finais de 80.
Pornografia infantil no Japão pode-se definir por:
1) qualquer meio que inclua uma criança existente e menor de idade (13, 18?) em relações sexuais explícitas.
2) a pose de uma criança tendo os seus órgãos genitais a ser tocados por outra pessoa ou uma criança a tocar nos genitais de outra pessoa, com a finalidade de estimular sexualmente o observador.
3) a pose de uma criança completamente ou particularmente despida de modo a servir os desejos sexuais do observador.
Ao contrario das histórias aos quadradinhos os meios incluindo crianças existentes necessitam da existência de menores para a sua produção pelo que unicamente por si é considerado um crime.
Esta lei não proíbe a pose de pornografia infantil e a produção de manga sobre o assunto e foi possivelmente um dos motivos pelos quais se deu um relaxamento da censura nos ero-manga.

Apesar das críticas internas a animação japonesa não foi impedido de chegar às televisões estrangeiras devido, sobretudo, ao fracasso nacional e sucesso internacional do filme de animação Akira (1988) e mais tarde à introdução de séries baseadas em mangas como Samurai x e Dragon Ball.
É de notar que já existiam na televisão portuguesa séries de animação japonesa antes da década de 90 tal como Heidi, Conan o rapaz do futuro e Tom Sawyer, no entanto o manga em si não era conhecido no ocidente antes da sua introdução pelas séries que tinham sido baseadas neles.


(Legenda: O estereotipo do design manga durante a década de 1990)

Incompatibilidade com o mercado estrangeiro:
Uma das principais críticas é o facto do manga estar bastante virado para a vida social, cultural e económica e por isso são difíceis de compreender-se pelas pessoas não habituadas ao estilo de vida japonês.
Além das críticas tendo em conta a sua difícil compreensão existem as dirigidas à "invasão" do manga nos mercados ocidentais pelo que as editoras ocidentais rejeitam trabalhos ao estilo japonês por motivos patrióticos.

a influência do manga japonês no estrangeiro:
Apesar da incompatibilidade existente a influência do manga é bastante forte especialmente na Coreia do Sul, na China e em Taiwan (onde são animados grande parte da animação japonesa actualmente devido à existência de mão de obra mais barata).

(Legenda: nos créditos de GOSICK é possivel certificar que parte desta foi animada na China)


2000's:
Esta década foi marcada sobretudo pelo estilo de desenho moe e o design bishoujo e bishounen. Os géneros como romance, harem e "slice of life" permaneceram bastante populares.
Muitos animes passaram a basear-se em novelas visuais (um género de jogo em que conta uma história normalmente de romance, funcionando como um simulador de encontro, é um género bastante característico da cultura dos vídeo-jogos do Japão) e muitas tornaram-se como extensões de mangas porque deixaram de ser uma adaptação completa de uma manga.
O estilo de desenho moe refere-se a uma condição de beleza particular das personagens fictícias. Hayao Miyaki relatou numa entrevista a dificuldade que sentia ao escrever uma animação que tivesse como personagem principal uma jovem porque (esta personagem) tornava-se facilmente vítima dos fetiches sexuais por parte dos "lolicon" que as querem ter como animais de estimação. Outra crítica refere-se à quebra de qualidade que o uso exagerado do moé provoca na animação japonesa.


(Legenda: Azusa Nakano apelidada de Azunyan é um exemplo de uma personagem moé)

A década de 2000 também foi marcada pelo ênfase da subcultura otaku. Uma crítica notável a esta sub-cultura está presente no anime "Welcome to the N.H.K., o qual aborda um hikikomori como protagonista e explora as mais variadas consequências das sub-culturas japonesas, tal como otaku, lolicon, suicídio pela Internet, jogos MMORPG e Marketing multi-nível.
Em 2008 o governo japonês apontou Doraemon como o anime embaixador do Japão.

2000-2006 (a era do hentai):
Com o abrandamento da censura no Japão após a década de 1990, reapareceu uma grande variedade de mangas sexualmente explícitas destinadas a leitores adultos do sexo masculino chamadas de "Hentai" nos Estados Unidos.
Numa época em que as mulheres estavam ocupando postos na industria do trabalho estes mangas passaram a ilustrar as fantasias sexuais dos homens japoneses, pelo qual a maioria destas histórias durante esta época abordam sobretudo crimes sexuais contra mulheres adultas profissionais (professoras, secretárias, enfermeiras...)
O manga sexualmente explícito é descendente da arte japonesa da ilustração durante o período Edo chamadas de "shunga", são gravuras eróticas voltadas para o mundo dos prazeres. Muitas características dos shunga são bastante visíveis na animação Hentai desta época (2000-2006) tais como o "sexo de tentáculos".



(Legenda: A animação sexualmente explícita tornou-se bastante popular nos EUA durante este período pelo que este género foi apelidado de Hentai (tarado na língua japonesa) os "Hentai" são OVA (original video animation) pelo que os seus DVD não têm exibição na televisão)

Do ero-anime do Japão ao "Hentai" dos EUA
Durante os anos de 2000 a 2005 com a crescente importação de material erótico proveniente do Japão para os EUA notou-se a diferença com que os dois países reagiam à situação.
No Japão é aplicada uma lei que visa censurar a exposição dos órgãos genitais de indivíduos sexualmente adultos em qualquer meio que tenha como finalidade estimular sexualmente o observador.
No Japão a maioria das animações sexualmente explícitas contêm os órgãos genitais pixelizados enquanto no manga é usado normalmente uma pequena barra negra ou branca que não impossibilita a observação dos genitais. Sendo assim a censura aplicada no manga é menor do que na animação.
Nos Estados Unidos estas apareciam com os mosaicos retirados.


(loli boom):



O Loli-manga é um género de histórias aos quadradinhos que demonstram uma apreciação por meninas aparentemente menores de 13 anos ou que as representam de uma maneira erótica, podendo ser subtil pelo que é por vezes confundido por histórias dirigidas a meninas destas idades, ou em relações sexuais.
Incorporou-se na sub-cultura tanto que é visível traços deste género em vários mangas como por exemplo em Higurashi no naku koro ni no "nipah" da Rika.


2010's: Os géneros baseados em jogos de simulação de encontro (Harem/eroge) têm continuado pelos anos 10.